quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O cristão e a justiça social


O apóstolo Tiago, em sua epístola, 2.14-26, atesta que “a fé sem obras é morta”. Muito antes de aparecer a expressão moderna “justiça social”, a Bíblia já preceituava:
     “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”  (Tg 2.8b).   Quem tem esse amor, é solidário com o seu semelhante, seja ele irmão na fé, patrão, empregado, vizinho e mesmo um oponente.  - Fé sem obras, uma decepção  (vs. 15,16).   Não deve haver discriminação entre homem e mulher, no atendimento às necessidades básicas da vida, como vestuário e alimentação.  Fé e ação estão juntas.   - Fé sem obras, uma impossibilidade  (vs. 18-26).  O mundo leva em conta as nossas obras, conduta, testemunho, procedimento, e não sabe e nem vê o que é fé, mas sabe e vê o que são obras. A Bíblia chama de  “insensato”, aquele que tenta conciliar fé bíblica sem obras que a justifique  (v. 20).  Tiago e Paulo não se opõem.  Diz Tiago:   “uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente”  (Tg 2. 24);  Diz Paulo: “O homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei”  (Rm 3.28).   Para salvação, Deus contempla fé, não obras.  Já o homem vê obras na vida do crente, e não fé.  Portanto, Tiago trata da justificação no seu aspecto visível diante dos homens;  enquanto que Paulo trata da justificação diante de Deus.  Tiago visa uma sociedade mais justa e que só virá através do Evangelho que Jesus mandou pregar.  Um povo indiferente a Deus e que tem seu prazer no pecado, atrai graves problemas sociais para si, porque somente Deus salva Seu povo de todas as tribulações   (Sl 107.33, 34).
   Os adeptos da Teologia da Libertação, afirmam que quando o homem tem habitação garantida, emprego condigno, alimentação farta, educação e saúde assegurados, ele melhora a si mesmo e o seu ambiente, chega-se a Deus e pratica o real cristianismo.  Eles estão errados, porque o verdadeiro discípulo de Cristo, que não apenas o segue, mas procura fazer o que Ele ordenou, cuida primeiramente, por todos os meios, de conduzir os pecadores à salvação, mas também cuida de assistir os necessitados, de varias origens e causas  (I Co 9.22b).  O amor de Deus em nós deve ser o fator motivante para assim servirmos aos outros como uma expressão do Evangelho de Jesus Cristo.  O bem-estar físico e material do ser humano deve ser também uma preocupação da Igreja enquanto ela estiver aqui na Terra.                                          
                           

Diac. Eliezer de Andrade

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