quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A Oração do Senhor

"Pai Nosso que estás nos Céus, santificado seja o Teu Nome, venha a nós o Teu Reino seja feita a Tua vontade assim na Terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do maligno" (Mat. 6:9-13).

Ensinando-nos a não sermos supérfluos Nosso Senhor nos dá um exemplo de oração que frequentemente é chamada de oração do Senhor (O Pai Nosso). Essa oração é extraordinária porque em algumas palavras ela abrange os assuntos principais do que é espiritual e também material, necessários a todo o ser humano. Além do mais, a Oração do Senhor separa as preocupações mais importantes das que são menos importantes, mostrando-nos quais deverão ser as nossas prioridades.

Pai Nosso que estás nos Céus: Dirigindo a Deus com as palavras "Pai nosso " nos faz lembrar que Ele é o Nosso Pai, que nos ama, que sempre quer o melhor para nós. Nós dizemos Céus: uma palavra que faz mudar o rumo de nossos pensamentos, do caos dos afazeres cotidianos em direção ao lar eterno ao qual nossas aspirações devem ser dirigidas em todos os dias da nossa vida terrena. É importante notar sobre a Oração do Senhor é o fato de que todas as petições a Deus estão no plural. Isso significa que oramos a Deus não somente por nós mesmos mas por todos que tem uma relação conosco seja de sangue ou religião e até um certo grau por toda a humanidade. É um lembrete para nós de que somos todos irmãos e irmãs - filhos do nosso Pai Celeste.

Santificado seja o Teu Nome. Neste primeiro apelo expressamos nosso desejo de que o nome de Deus seja honrado e glorificado por nós mesmos e por todas as pessoas, e a verdadeira fé e piedade estendida pelo mundo todo. O segundo apelo complementa o primeiro: Venha a nós o Teu Reino. Aqui nós pedimos a Deus que Ele seja o regente dos nossos corações. Queremos que Sua lei governe nossos pensamentos e ações e que Sua graça santifique nossas almas. O Reino de Deus está vedado aos nossos olhos durante a nossa temporária existência na terra: ele está em processo de nascer nas almas dos cristãos. Mas virá o tempo quando as almas e os corpos renovados daqueles que tem o Reino de Deus dentro de si terão passagem ao Reino de Sua eterna glória. Nenhuma riqueza ou prazer terreno podem ser comparados com a felicidade do Reino Celeste, onde habitam os anjos e santos. É por isso que almas virtuosas ficam extenuadas nesse mundo e anseiam alcançar o Reino Celeste.

Muitos interesses e desejos, freqüentemente egoistas e pecaminosos, se confrontam entre si nas relações humanas. Estes são fonte de conflitos, frustrações e ofensas mútuas. Considerando a tamanha variedade de interesses de cada um não podemos nos sentir satisfeitos porque nossas intenções e ações estão muitas vezes erradas. A Oração do Senhor nos lembra que somente Deus sabe perfeitamente o que na verdade precisamos e nos ensina a pedí-Lo a nos orientar e ajudar: assim na terra como no céu.

Nas tres primeiras petições pedimos Deus o que é mais importante: o entranhamento do bem nas nossas almas e nas nossas vidas. As petições que sucedem se referem à necessidades mais banais e menos importantes: tudo que precisamos para a nossa existência física. O pão nosso de cada nos dá hoje. No texto original em grego o termo para "cada dia" é epi-usion, o que significa necessário. Este pedido do pão de cada dia inclui o alimento, um abrigo sobre as nossas cabeças, roupa e o que é necessário para a nossa existência. Não especificamos tudo isso porque nosso Pai Celeste sabe o que precisamos. E não pedimos nada para amanhã porque nem sabemos se estaremos vivos.

O próximo pedido, sobre perdoar as nossas dívidas, é o único pedido limitado por uma condição: E perdoa-nos as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores. O sentido de dívidas é mais abrangente do que o sentido de pecados. Temos muitos pecados mas dívidas mais ainda. Deus nos deu vida para que possamos fazer o bem aos outros e aumentar nossos talentos. Quando não seguimos este propósito terreno, então como aquele escravo preguiçoso da parábola, enterramos os nossos talentos e nos tornamos devedores a Deus. Ao perceber isso pedimos a Deus para que nos perdoe. O Senhor conhece a nossa fraqueza e falta de experiência e Ele se apieda de nós. Ele está pronto a perdoar-nos mas com uma condição, que nós perdoemos todos que transgridem contra nós. A parábola sobre o devedor impiedoso (Mateus 18:21-35) ilustra expressivamente a relação entre perdoar dívidas e receber perdão de Deus.

Ao final da Oração do Senhor dizemos: E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do maligno. A palavra maligno refere-se ao diabo - a fonte principal de todo o mal no mundo. Mas as tentações podem vir de uma infinidade de fontes: de outras pessoas, de circunstâncias de vida desfavoráveis e principalmente de nossas próprias paixões. É por isso que no final da oração, humildemente confessamos a Deus a nossa fraqueza espiritual e pedimos que nos resguarde do pecado e nos proteja das intrigas do príncipe das trevas.

Finalizamos a Oração do Senhor com palavras que expressam nossa plena fé na Sua resposta favorável às nossas petições porque Ele nos ama e tudo obedece à Sua onipotente vontade: Porque é o Teu reino, e o poder e a glória para sempre. A última palavra "Amém" significa "verdadeiramente" ou "assim será."

Um comentário:

  1. Graça e Paz, amados!
    Sejam benvindos ao nosso espaço web.
    Desejamos que sejam abençoados em nome de Jesus nossos queridos visitantes.
    Caso necessite nos contatar, fique à vontade. Além desse espaço, você pode enviar sugestões e solicitações pelo endereço ibr-vc@hotmail.com
    Um grande abraço.
    Em Cristo, nosso Mestre, Salvador e Senhor,

    Pr. William Mori

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