sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Somos bons ou somos maus?

Nossa capacidade é muito limitada para chegarmos a uma conclusão sobre a natureza humana. Na parábola do bom samaritano (Lc 10.25-37), o Senhor Jesus falou das atitudes de um sacerdote, de um levita e de um samaritano, todavia, não quis chegar à conclusão a respeito de quem era mau e quem era bom, mas, após expor a parábola ao intérprete da lei, perguntou-lhe: “Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores?” (v. 36). E o intérprete respondeu: “O que usou de misericórdia para com ele” (v. 37a). Disse-lhe Jesus: “Vai e procede tu de igual modo” (v.37b). Podemos pensar que alguns de nós somos como o sacerdote e o levita, outros como o samaritano, outros como os ladrões e outros ainda como o homem que foi assaltado e ferido.
A parábola fala de pessoas boas e más e Jesus, sem acusar quem era bom e quem era mau, apenas explicou a diferença entre os dois tipos, mostrando que o relacionamento estabelecido pelo samaritano com o homem ferido, definiu o relacionamento amoroso que Deus quer que tenhamos uns com os outros. É de ver que Jesus conhecendo as Escrituras que falam da profunda decepção de Deus com a raça humana, e de como Ele destruiu a terra com um grande dilúvio, poderia ter concluído que o homem é essencialmente mau e cada um tem as qualidades daqueles personagens da parábola. Na verdade, a partir desse julgamento, podemos afirmar que, sem o conhecimento da Palavra de Deus, todos os homens se mostram nocivos e destrutivos.
Interessante é que o salteador era uma pessoa má, mas Jesus não se concentrou nele, preferiu excluir sua natureza má do diálogo, para nos oferecer um modelo de como ser bom, destacando a atitude do samaritano. Noutra ocasião, Jesus não achou que a mulher adúltera era má, mas deixou o seu julgamento por conta dos seus próprios acusadores, dizendo: “Quem dentre vós estiver sem pecado, atire a primeira pedra”!. Isto nos leva a crer que Jesus via as pessoas com potencial para serem boas e não as discriminava. Numa de suas advertências, Ele disse: “Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade” (Mt 23.28).

Obr. Eliezer de Andrade

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